CONTO QUE CONTA STORYTELLING

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Sabe quando você sai do cinema e tempos depois se pega pensando na história?

Talvez você esteja almoçando ou talvez no meio de uma conversa e é como se o filme estivesse sendo reprisado na sua mente. Isso é stickness.

É esse poder que as histórias têm de ficarem coladas nas memórias da gente.

Mas como o que há de melhor no storytelling são as narrativas, ao invés de ficar falando sobre o assunto, vou contar uma história.

Só que antes de iniciar a narrativa, deixo o alerta: no futuro, quando menos esperar, você pode estar pensando nela.

NÓS DA TRAMA, o conto

Era uma vez uma executiva que dedicou vinte cinco anos de sua vida a inovar o marketing de grandes empresas, até que uma noite, enquanto se revirava na cama como se ao invés de pegar no sono estivesse tomando Sol, decidiu que no dia seguinte iria largar tudo. E largou. Cortou os laços corporativos e se lançou numa jornada de reinvenção. Para começar nada mais justo do que um ano sabático viajando. Sei que pode parecer um conto de fadas corporativo, mas acredite, essa é uma história real.


Enquanto isso, n'outro canto do planeta, três publicitários fundavam o primeiro escritório especializado em projetos de storytelling. E quando eu digo 'o primeiro', é porque ninguém tinha se dedicado exclusivamente a isso antes. O ano é 2007 e eles se focaram no story e no telling das empresas. Eles usavam organizações como inspiração para criar as tramas de games interativos, peças teatrais, curtas de cinema, livros de literatura e até experiências mistas como a Cinegastronomia.


Se os Storytellers estavam vivendo de contar histórias, a ex-executiva simplesmente as vivia. Passava os dias fotografando cartões postais, fazendo pilates no meio da tarde e, claro, refletindo sobre o sentido da vida e tomando cafés, muitos cafés, com muitas pessoas. Pouco antes de chegar ao fim do ano sabático percebeu que toda a experiência adquirida nos episódios de sua história pessoal poderiam ter muito valor para outros. Reatou alguns laços corporativos e começou a compartilhar suas vivências com a audiência virtual de uma ferramenta que acabara de surgir, o Twitter.

Depois de muitas experiências entrelaçando histórias, marcas e marketing, cada um dos Storytellers seguiu por um caminho. Uma voltou para o mundo das agências, outro decidiu se tornar o cientista-mor do assunto no Brasil e o terceiro resolveu virar autor-artista.

Numa bela manhã de quarta, o cientista-mor do storytelling vidrava os olhos no monitor enquanto a mão conduzia o mouse através de sua navegação cibernética de rotina – feeds aqui, posts ali – quando se deparou com tuiteiros discutindo a ‘inovação...’. Como de costume, deixou seu pitaco ‘... é balela’. Acontece que o comentário não passou impune e a discussão pegou fogo. O caso poderia ter parado nas mãos de advogados, poderia até ter parado na polícia, mas acabou mesmo num café.

Os guardanapos rabiscados sobre a mesa do Starbucks deram início ao que hoje é o consagrado curso do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM – Inovação em Storytelling – que já direcionou mais de uma centena de pessoas em suas próprias histórias. Teve gente que usou o projeto final do curso para conseguir o emprego na agência descolava na qual sempre sonhara. Teve gente que agradeceu pelas novas ferramentas para trabalhar e que por conta disso conseguiu aumento. Teve quem repensou a vida e partiu para o próprio sabático. E teve até gente que estruturou negócios orbitando storytelling.

Eis o twist: não apenas os alunos tiveram uma experiência transformadora. O Storyteller que resolveu virar autor-artista estava no Starbucks sozinho, trabalhando no projeto de um livro escrito pelo celular, que por sinal é esse aqui. Resolve tomar o café da manhã. Meio desatento, escrevendo no celular, o autor-artista tromba contra seu ex-sócio, mas ainda amigo, o cientista-mor. Se eu escrever isso num roteiro de um filme, ninguém acredita e ainda diz que não gosta dessas coisas que 'jamais aconteceriam na vida real'.

O cientista-mor ficou pálido. Como um legítimo gentleman, ele estava a caminho de buscar o quarto espresso da ex-executiva, que apesar de cortar muitos vícios corporativos, a cafeína não foi um deles. O cientista-mor se deteve paralisado, como se tivesse diante de uma aparição fantasmagórica. O último assunto de sua reunião havia sido exatamente seu ex-sócio, que resolveu virar autor-artista. Acabou que essa trombada rendeu um convite para uma participação especial em uma das aulas do curso. O autor-artista topou, mas nunca imaginou as ramificações dessa decisão.

Assim que se reuniram para trabalhar a ex-executiva, o cientista-mor e o autor-artista, as coisas saíram do controle. Não chegavam a um acordo por nada nessa vida. Ela dizia que storytelling era ferramenta, o outro que era um jeito de pensar e o terceiro levava as mãos à cara para dizer que era um estilo de vida.

Mesmo com tudo diferente, essa simples participação acabou numa inusitada associação. Rendeu palestras e artigos, gerou matérias e estudos, e se empolgaram em organizar o maior grupo de discussão. Só que nessas férias, isso tudo acabou compilado num intensivão. Preciosa oportunidade para quem quiser ver, esses três professores tão diferentes, tão complementares, lado a lado em ação. Aos interessados vale avisar: as vagas são limitadas e logo mais vão se esgotar. Aos que querem mais informação para optar pelo sim ou pelo não, os pormenores do curso aqui estão: bit.ly/CursoStorytelling

Eduardo e Mônica / é impressão minha ou em algum momento foi o que você pensou? É que a versão da Vivo é um dos cases dissecados por nós e por vocês. Storytelling deve ser? Há quem defenda que sim, mas há quem diga que não...

E a nossa heroína, que deixou de ser executiva, inovou na própria vida e encontrou mais que uma função. Só que por essa história vocês vão ter que aguardar, porque essa narrativa eu não conto agora, não.
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  1. Cientista-mor: Fernando Palacios
    Empresária: Martha Terenzzo
    Artista: Bruno Scartozzoni

    Luiz Antonio Alexandre Junior

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  2. Empresária: Martha Terennzzo
    Cientista-mor: Bruno Scartozzoni
    Autor-artista: Fernando Palacios

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  3. Empresária: Martha Terenzzo
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