Histórias “Rags To Riches” (ou “dos trapos à riqueza”)

 


Histórias de sucesso facilmente saltam aos nosso olhos. Elas inspiram, motivam!

Veja a história da JK Rowling, por exemplo. Ela nasceu em uma família humilde, no Reino Unido, lutou para vencer a depressão e tendências suicidas. Além de ter o primeiro livro da série Harry Potter recusado por doze editoras. Depois de muito, até mesmo de ouvir que deveria desistir e que nunca teria um livro publicado, se tornou uma das autoras britânicas mais amadas do mundo.

Não obstante, há um enredo, por trás de histórias assim, que potencializa a simbiose entre a narrativa e a audiência, pois mostra momentos de superação do protagonista. Ele é chamado de Rags To Riches ou “do trapo à riqueza”, em tradução livre.

Assim sendo, para quem quiser contar uma narrativa Rags To Riches, mas carece de habilidades para construir uma, sem necessariamente seguir alguma estrutura, vale a pena usufruir das cinco etapas apresentadas pelo escritor Christopher Booker.

São elas:

1 - A miséria inicial e o chamado para a ação → A história começa com o protagonista em uma situação deplorável (seja em aspectos externos ou internos), o que o impele a um desejo de mudança.

2 - Saindo para o Mundo → O protagonista inicia o processo de mudança e já colhe alguns frutos dela. No entanto, ainda não sofreu as transformações que lhe proporcionarão um sucesso duradouro.

3 - Crise Central → Aqui o protagonista se encontra no ponto mais crítico da história. Ele vê as vitórias oriundas das modificações iniciais irem por água abaixo. É comum que alguma figura sombria do passado volte a atormentá-lo.

4 - Independência e Provação → Neste ponto, o protagonista não tem ao seu dispor ajudas que outrora possuiu. Agora ele precisa superar os desafios com as suas próprias forças.

5 - Realização → Este é o momento da vitória. O momento em que ele passa da miséria à riqueza e atinge os seus objetivos. Ao contrário de antes, desta vez, o sucesso é contínuo.

Essas são as cinco etapas de uma história Rings To Riches, segundo Booker.

Contudo, é preciso saber contá-la. Saber dar o tom certo para cada nota de drama, suspense, tropeços, “virada de mesa” e por aí vai. Como em uma sinfonia, onde cada instrumento entra no compasso certo, sem perder o ritmo.

Agora me conta, você consegue olhar para a sua história e encaixá-la no enredo Rags To Riches?

PS: Não considere, porém, riqueza somente como o acumulo de bens materiais. Amplie sua percepção e investigue o que pode ser riqueza além do saldo em conta. Caso contrário você não conseguirá responder a essa pergunta, pois é bem provável que não esteja com o saldo bancário que almeja, ainda.

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