PAPAI NOEL NÃO EXISTE

Aos 12 anos, o garoto já tinha passado pela maioria das mudanças do final da infância. Mas uma delas se recusava a ir embora junto de seus sapatos e roupas que já não serviam mais em seu corpo: ele não queria deixar de acreditar no Papai Noel. 



A história do bom velhinho que todo ano distribui presentes para os bons meninos e meninas pelo mundo era uma mentira para todos os outros garotos, mas não para ele, a quem a história era a alegoria perfeita para aquilo que pregavam os valores do Natal.

Afinal, a história de Santa Claus era uma mentira, como acreditavam os amigos, ou ficção?

O garoto mal sabia, mas a fronteira entre o final da mentira e o começo da ficção continuaria na sua vida por muito tempo e se revelaria uma verdadeira Faixa de Gaza. Como um Storyteller, 2014 fora um ano repleto de discussões sobre o assunto, e sua opinião continuara a mesma desde a infância: ele nunca deixara de acreditar no Papai Noel.

Enquanto alguns acreditam na vilania do Storytelling, após os casos de Do Bem e Diletto, ele continuou a acreditar, desde sua monografia, que esse era um percurso natural na evolução das histórias que constroem marcas. Ao contrário de condenar, ele continuou a crer que deveríamos estudar e entender esse novo fenômeno.

Aonde olhar e o que estudar nesse novo fenômeno para o Storytelling?

A resposta para esta questão, mais uma vez, estaria lá na sua infância, nos dias 25 de muitos dezembros, onde ele nunca deixou de acreditar no bom velhinho. Isso porque a história do Papai Noel se revela um verdadeiro case de Storytelling. O personagem, como conhecemos hoje, foi inventada pela Coca-Cola em 1931 para uma campanha publicitária e, desde então, tornou-se o símbolo do Natal por todo o mundo.

Se a história do Papai Noel é uma mentira deslavada ou uma ficção genial, essa é uma resposta que nem o garoto, nem os colegas da sua infância podem responder. Mas a magia, a ludicidade e o espírito natalino que se expressam ainda depois de anos na figura do Papai Noel, essa sim é a reflexão que devemos pensar a partir desse novo fenômeno.

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