Woody Allen - um (inusitado) case de sucesso de Storytelling


Sempre que se tem dúvida sobre um assunto, o mais natural é recorrer a exemplos. Não é por acaso que se estudam os cases de sucesso. Com Storytelling não é diferente. Existem vários cases nesse sentido, as pessoas adoram citar grandes marcas como Coca-Cola e Apple, mas prefiro recorrer a exemplos um pouco mais inusitados, que ajudam a compreender um aspecto mais amplo do assunto. Entra em cena, Woody Allen.

Se formos sair à rua para perguntar "Você sabe quem é Woody Allen?" a maior parte das pessoas vai responder "cineasta" ou "diretor". Algumas pessoas vão considerar o termo "autor". Poucos vão dizer   "roteirista". Provavelmente ninguém vai dizer "Storyteller". 

Por definição, Storyteller é a pessoa que sabe engendrar o funcionamento de uma história. Da mesma forma como o mecânico conserta motores, um Storyteller consegue colocar narrativas em movimento, de forma que prendam a atenção da audiência logo de cara. Da mesma forma que um arquiteto pode ser contratado para pensar em edifícios que atendam determinados padrões, um Storyteller pode ser contratado para pensar em histórias que atendam certas características. 

Woody Allen entendeu algo que passou despercebido pela maior parte dos cineastas. Enquanto todos pensam apenas em realizar o seu projeto e a sua visão, Woody Allen consegue fazer isso enquanto responde um projeto encomendado por uma marca. Pelo menos, foi exatamente isso que ele passou há fazer há exatos dez anos. 

Apesar de conseguir realizar ao menos um filme por ano, Woody sempre teve dificuldades em financiar suas produções. Até que, em 2005, ele recebeu um grande apoio da BBC. Mas tinha um complicador: o filme teria que se passar em Londres. Apesar de nunca ter ambientado um filme na Inglaterra, Woody arrumou as malas e reescreveu o roteiro que iria se passar. Foi assim que Match Point deixou de acontecer em Hamptons.


A marca patrocinadora vem no título

De uma década para cá, Woody Allen passou a financiado pelos governos de cidades ou países onde seus filmes ocorrem: Barcelona, Paris, Roma...


Viver viajando e fazendo filmes.... Você acha que é sorte?

Pode parecer simples, mas não é fácil. Escrever a partir de um briefing - mesmo que seja simples como "a história tem que se passar em Londres" - é uma tarefa das mais difíceis e só pode ser atingida por quem entende os mecanismos do Storytelling.


Viver viajando e fazendo filmes... é pra qualquer um... que entenda de Storytelling.

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