A HISTĂRIA POR TRĂS DA HISTĂRIA
Ver o “making of” de algumas produçÔes,
quase como um exercĂcio metalinguĂstico, ajuda a formar outra impressĂŁo da obra
em questĂŁo. Digo isso porque, recentemente, lidei com duas “situaçÔes”, por
assim dizer, bastante curiosas acerca do que se passa “por trĂĄs das cĂąmeras” e
que me aproximaram de alguma forma das obras.
A primeira delas é uma série de curiosidades
que saiu no site da revista Super Interessante essa semana. Em “8 coisas que vocĂȘ nĂŁo sabe sobre as obras infantis”, se destacam histĂłrias incrĂveis como a
de que o casal responsĂĄvel pela criação do desenho “George, o curioso” teve de
fugir da França devido a invasão nazista, em 1940, com o primeiro livro da
histĂłria na cesta de uma bicicleta, ou entĂŁo o fato que J.M. Barrie, autor de
Peter Pan, ter doado os direitos autorais de sua obra para um hospital londrino, que
recebe por isso até hoje.
Os mais entusiastas hitchcockianos jĂĄ devem
estar estragando meu suspense e pensando na mais recente produção sobre o
diretor. “Hitchcock” (2012) conta os percalços da produção de uma das maiores
obras do diretor, o filme “Psicose” (1960). Como se nĂŁo bastassem os problemas
de saĂșde e de relacionamento com sua esposa, "Hitch", como gostava de ser chamado, ainda teve de lidar com um
baixo orçamento devido a rejeição das produtoras da época ao roteiro de seu
filme.
Com apenas 800 mil dólares para produção e
mais de 50 milhÔes das mesmas verdinhas de faturamento, Psicose é um exemplo
para as recentes superproduçÔes que se esforçam para mover bilheterias e cobrir
os astronÎmicos gastos de produção. Mas mais do que isso, pelo menos para esse
texto em questĂŁo, se uma histĂłria tem o poder de humanizar uma marca para o
consumidor, a experiĂȘncia de conhecer a “histĂłria por trĂĄs de uma histĂłria”,
pode se dizer, tem o mesmo poder para quem produz ou estuda o storytelling.
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