A HISTÓRIA POR TRÁS DA HISTÓRIA

https://www.storytellers.com.br/2013/07/a-historia-por-tras-da-historia.html
Ver o “making of” de algumas produções,
quase como um exercício metalinguístico, ajuda a formar outra impressão da obra
em questão. Digo isso porque, recentemente, lidei com duas “situações”, por
assim dizer, bastante curiosas acerca do que se passa “por trás das câmeras” e
que me aproximaram de alguma forma das obras.
A primeira delas é uma série de curiosidades
que saiu no site da revista Super Interessante essa semana. Em “8 coisas que você não sabe sobre as obras infantis”, se destacam histórias incríveis como a
de que o casal responsável pela criação do desenho “George, o curioso” teve de
fugir da França devido a invasão nazista, em 1940, com o primeiro livro da
história na cesta de uma bicicleta, ou então o fato que J.M. Barrie, autor de
Peter Pan, ter doado os direitos autorais de sua obra para um hospital londrino, que
recebe por isso até hoje.
Os mais entusiastas hitchcockianos já devem
estar estragando meu suspense e pensando na mais recente produção sobre o
diretor. “Hitchcock” (2012) conta os percalços da produção de uma das maiores
obras do diretor, o filme “Psicose” (1960). Como se não bastassem os problemas
de saúde e de relacionamento com sua esposa, "Hitch", como gostava de ser chamado, ainda teve de lidar com um
baixo orçamento devido a rejeição das produtoras da época ao roteiro de seu
filme.
Com apenas 800 mil dólares para produção e
mais de 50 milhões das mesmas verdinhas de faturamento, Psicose é um exemplo
para as recentes superproduções que se esforçam para mover bilheterias e cobrir
os astronômicos gastos de produção. Mas mais do que isso, pelo menos para esse
texto em questão, se uma história tem o poder de humanizar uma marca para o
consumidor, a experiência de conhecer a “história por trás de uma história”,
pode se dizer, tem o mesmo poder para quem produz ou estuda o storytelling.