Como o STORYTELLING me colocou em contato com o meu ídolo

Ou "o dia que eu recebi uma carta do Giovane Gávio"
Existia uma revistinha "teen" da época, a Carícia UAU, que eu comprava mensalmente com a minha mesada, junto com os gibis da Turma da Mônica. Em uma das edições a reportagem principal era sobre o Giovane e, ao final, ele disponibilizou uma caixa postal, para receber as cartinhas dos fãs. Não pensei duas vezes, me pus a escrever e fui, feliz da vida, postar a cartinha nos Correios, mas sem muita esperança de retorno.
Não sei ao certo quanto tempo se passou, afinal isto já faz mais de 30 anos, mas foi quando eu menos esperava. Num dia normal, entre outras correspondências, uma das cartas trazia o meu nome como destinatária e o nome do Giovane como remetente. Lembro até hoje da emoção que senti, aquele frio na barriga que surge quando recebemos uma surpresa boa.
Abri aquele envelope como uma criança abre um presente de Natal. Dentro dele, além da resposta super fofa redigida pela sua irmã, Giseli (ela começava se identificando e pedindo desculpas, justificando que o irmão era muito ocupado e que precisou delegar essa tarefa a ela), havia uma foto autografada do Giovane.
Não sei se eles conseguiam responder a todas as correspondências que recebiam, mas me senti especial e atribuí o sucesso do meu intento a história que contei na carta, que escrevi com tanto carinho e capricho, do alto dos meus 10 aninhos de idade.
Uma história, quando bem contada, pode te abrir incontáveis portas.
E essa foi, então, a história da minha primeira vez como Storyteller.