Para Ser Storyteller II

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Inegável e inquestionável: todos contamos histórias. Temos feito isso mesmo antes que elas pudessem ser registradas. Mas quando eu falo em se tornar Storyteller, assim, em inglês e com S em caixa alta, quero  me referir ao contador de histórias profissional. Estou falando de quem tira sua renda de seus enredos. Pessoas que 'vivem para' e 'sobrevivem de' contar histórias.

É aí que entra técnica, talento e sensibilidade. Não basta fazer rimas para ser um poeta. Não basta ser alfabetizado para ser escritor. Aliás, saber escrever bem um texto técnico, científico ou publicitário não ajuda (e às vezes atrapalha) a escrever um narrativo. Da mesma forma, não basta contar histórias para ser um Storyteller. Tem muita gente que começa a contar uma história e logo causa o efeito oposto do esperado: ao invés de entreter, entedia.

Entreter é um dos fatores primordiais da narrativa. Se não for para entreter, melhor ser direto ao ponto como faz o jornalismo contemporâneo. Mas não fica por aí. A atenção é, sim, o oxigênio das histórias. Mas as histórias respiram por um motivo. E esse motivo, que reside na raiz tanto da literatura como da dramaturgia, foi o que manteve viva a tradição de contar histórias por tanto tempo: contar verdades que de outra forma seriam amargas demais para engolir.
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