O mundo do Storytelling


Este artigo foi publicado inicialmente no Portal Administradores.

Uma questão que incita as conversas mais acaloradas entre aqueles que estudam e contam histórias é a tentativa de definir "afinal, o que é e o que não Storytelling". Alguns advogam que o termo só faz referência a histórias narradas oralmente e ao vivo, outros defendem que se trata de uma técnica publicitária para vender mais ou uma técnica corporativa para líderes engajarem suas equipes, também é possível encontrar quem diga que Storytelling é o coração de todas as artes e existem ainda quem discorde de tudo isso. 

Todos estão certos e errados ao mesmo tempo. Storytelling pode assumir qualquer uma das formas descritas amteriormente, mas não se define como uma ou outra coisa. Storytelling é o ato de saber encontrar ou criar histórias fabulosas, com propósitos épicos e contá-las de forma fantástica.
O simples ato de contar histórias participa de nossas vidas, todos os dias. Contamos histórias na mesa de café da manhã, no bebedouro durante o intervalo do trabalho, no café, nas reuniões, acompanhando uma cerveja nos encontros com amigos. É algo que fazemos desde quando morávamos em cavernas e que evoluiu ao longo dos milênios. 

 Quem estuda Storytelling é para aprender a escolher melhor suas histórias e a encantar mais a fundo suas audiências. Não é por acaso que se trate de um campo muito vasto. Digamos que Storytelling poderia ser um mundo inteiro. Aí poderíamos dividir os assuntos em termos de continentes e  países.

Um grande continente desse mundo do Storytelling é o que tem relação com o ambiente dos negócios. Nesse continente, um dos maiores países tem a ver as técnicas de como contar histórias de empresas ou marcas. Na capital desse país estão dezenas de produtoras que buscam tornar a publicidade mais dinâmica e interessante. O país vizinho tem a ver com as histórias ilustradas por slides e narradas durante apresentações corporativas, centenas de empresas se especializaram nesse segmento. A capital desse país de apresentações trata de como usar narrativas para tornar palestras mais interessantes e memoráveis para audiências. 

Entre esse primeiro continente e um segundo existe uma grande ilha, que faz lembrar a Groelândia. Esse território diz respeito ao Storytelling na educação, afinal, professores também podem contar histórias para deixar suas aulas mais envolventes. Storytelling nasceu justamente para transmitir conhecimentoa, há milhares de anos, ao redor de fogueiras.

O continente mais desenvolvido fica no centro do mapa mundi e envolve Storytelling aplicado ao entretenimento. Esse continente é composto por diversos países: Storytelling na literatura, no cinema, nos quadrinhos, nos games, na dramaturgia e até nas artes plásticas. Toda forma de expressão artística recorre às técnicas narrativas e está congregada aqui. Esse continente tem as técnicas mais evoluídas, até por viver justamente de cobrar para que as pessoas tenham acesso às suas histórias. Isso faz com que estudiosos peregrinem de todas os outros continentes para buscar o conhecimento. 

Um terceiro continente é o inverso: ao invés de técnicas de Storytelling aplicadas, são técnicas aplicadas ao Storytelling. Esse é um território de comerciantes que tratam os conteúdos como se fossem produtos de consumo. Os habitantes dessa região vivem se perguntando "como fazer para que as pessoas se interessem por uma história?" A busca deles é por encontrar formas de fazer pessoas saírem de suas casas, enfrentarem trânsito, irem aos cinemas e pagarem para ver um filme porque ficaram curiosas; ou de fazer navegantes da internet buscarem saber mais sobre um livro ou seriado.

Enfim, diante desse mundo de possibilidades, o que te atrai e te interessa? Se tudo interessou, então compre uma passagem para dar uma volta ao mundo, mas saiba de antemão: essa é uma jornada para a vida toda.

Se você quiser alguns atalhos para explorar esses continentes, conte com a gente!

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