O mundo do Storytelling

https://www.storytellers.com.br/2015/06/o-mundo-do-storytelling.html
Este artigo foi publicado inicialmente no Portal Administradores.
Uma questão que incita as conversas mais acaloradas entre
aqueles que estudam e contam histórias é a tentativa de definir "afinal,
o que é e o que não Storytelling". Alguns
advogam que o termo só faz referência a histórias narradas oralmente e
ao vivo, outros defendem que se trata de uma técnica publicitária para
vender mais ou uma técnica corporativa para líderes engajarem suas
equipes, também é possível encontrar quem diga que Storytelling é o coração de todas as artes e existem ainda quem discorde de tudo isso.
Todos estão certos e errados ao mesmo tempo. Storytelling pode assumir qualquer uma das formas descritas amteriormente, mas não se define como uma ou outra coisa. Storytelling é o ato de saber encontrar ou criar histórias fabulosas, com propósitos épicos e contá-las de forma fantástica.
O simples ato de contar histórias participa de nossas
vidas, todos os dias. Contamos histórias na mesa de café da manhã, no
bebedouro durante o intervalo do trabalho, no café, nas reuniões,
acompanhando uma cerveja nos encontros com amigos. É algo que fazemos
desde quando morávamos em cavernas e que evoluiu ao longo dos milênios.
Quem estuda Storytelling é para aprender a
escolher melhor suas histórias e a encantar mais a fundo suas
audiências. Não é por acaso que se trate de um campo muito vasto.
Digamos que Storytelling poderia ser um mundo inteiro. Aí poderíamos dividir os assuntos em termos de continentes e países.
Um grande continente desse mundo do Storytelling
é o que tem relação com o ambiente dos negócios. Nesse continente, um
dos maiores países tem a ver as técnicas de como contar histórias de
empresas ou marcas. Na capital desse país estão dezenas de produtoras
que buscam tornar a publicidade mais dinâmica e interessante. O país
vizinho tem a ver com as histórias ilustradas por slides e narradas
durante apresentações corporativas, centenas de empresas se
especializaram nesse segmento. A capital desse país de apresentações
trata de como usar narrativas para tornar palestras mais interessantes e
memoráveis para audiências.
Entre esse primeiro continente e um segundo existe uma
grande ilha, que faz lembrar a Groelândia. Esse território diz respeito
ao Storytelling na educação, afinal, professores também podem contar histórias para deixar suas aulas mais envolventes. Storytelling nasceu justamente para transmitir conhecimentoa, há milhares de anos, ao redor de fogueiras.
O continente mais desenvolvido fica no centro do mapa mundi e envolve Storytelling aplicado ao entretenimento. Esse continente é composto por diversos países: Storytelling
na literatura, no cinema, nos quadrinhos, nos games, na dramaturgia e
até nas artes plásticas. Toda forma de expressão artística recorre às
técnicas narrativas e está congregada aqui. Esse continente tem as
técnicas mais evoluídas, até por viver justamente de cobrar para que as
pessoas tenham acesso às suas histórias. Isso faz com que estudiosos
peregrinem de todas os outros continentes para buscar o conhecimento.
Um terceiro continente é o inverso: ao invés de técnicas de Storytelling aplicadas, são técnicas aplicadas ao Storytelling.
Esse é um território de comerciantes que tratam os conteúdos como se
fossem produtos de consumo. Os habitantes dessa região vivem se
perguntando "como fazer para que as pessoas se interessem por uma
história?" A busca deles é por encontrar formas de fazer pessoas saírem
de suas casas, enfrentarem trânsito, irem aos cinemas e pagarem para ver
um filme porque ficaram curiosas; ou de fazer navegantes da internet
buscarem saber mais sobre um livro ou seriado.
Enfim, diante desse mundo de possibilidades, o que te atrai e te interessa? Se tudo interessou, então compre uma passagem para dar uma volta ao mundo, mas saiba de antemão: essa é uma jornada para a vida toda.
Se você quiser alguns atalhos para explorar esses continentes, conte com a gente!