A FLIP (definitivamente) não flopa

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Voltamos da FLIP no último domingo e fomos bombardeados com aquelas perguntas típicas de gente que tem muita curiosidade mas não sabe bem o que esperar desse evento. Tentando explicá-lo para uma amiga cheguei a uma definição que pode ajudar quem estiver nessa situação. Adianto que vale a pena.

Imagine um grande festival de música que dura 5 dias e tem um line-up com bandas de todos os tipos, indo do samba ao rock. O público é bacana, civilizado e, porque não, bonito. Embora deva haver um ou outro que embarcou de gaiato, a maioria está lá porque quer, e não porque a música está na moda. Mas nem de música vive o festival. Enquanto as bandas tocam uma parte assiste com entusiasmo, outra aprecia a gastronomia local e outra aproveita para fazer alguns passeios turísticos. Um pouco mais longe do palco principal acontecem programações paralelas, com bandas de menor porte tentando alcançar o sucesso. A cidade se transforma em um verdadeiro caldeirão cultural.

Agora troque a música pela literatura. Samba e rock dão lugar a escritores, diretores de cinema e afins. O público é formado, em sua maioria, por gente do mercado editorial, teatro, cinema, universidades e simpatizantes. Todo mundo está lá pelas palestras, mas o evento em si é muito maior do que isso.

Segundo Xico Sá, um dos palestrantes, "literatura é uma merda do ponto de vista do espetáculo". Considerando só a literatura, ele pode até ter razão. Mas quando isso transcende para o universo das histórias, incluindo livro, teatro, quadrinhos e cinema, ironicamente a própria FLIP está aí para comprovar que não é bem assim... (e os vários patrocinadores envolvidos também)

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