Storytellers para crianças
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Monteiro Lobato Ă© mesmo um fenĂŽmeno. AlĂ©m de mestre da literatura nacional, consagrado principalmente pelo SĂtio do Picapau Amarelo (que por sinal em importĂąncia sĂł fica atrĂĄs da BĂblia para os leitores brasileiros), ele tambĂ©m tinha talento pra ser um Storyteller com letra maiĂșscula.
Storyteller com letra maiĂșscula Ă© o autor que nĂŁo cria uma histĂłria simplesmente a partir de sua imaginação, e sim de uma missĂŁo.
Em EmĂlia no PaĂs da GramĂĄtica foi isso o que aconteceu. Nessa aventura com Narizinho, Pedrinho, EmĂlia, Visconde de Sabugosa e Quindim, o rinoceronte sĂĄbio, entender as coisas de nossa lĂngua se transformou num divertido passeio feito na companhia desses incrĂveis personagens. Como se o Professor Pasquale fosse o cliente e o desafio fosse falar para crianças sobre substantivos concretos e abstratos, alĂ©m de outras chateaçÔes da lĂngua.
Abaixo vai uma pequena amostra. Depois de chegarem Ă PortugĂĄlia, cidade onde vivem as palavras de origem portuguesa, Quindim cruza o centro da cidade, regiĂŁo em que vivem as palavras em uso (enquanto os arcaĂsmos, as gĂrias e os neologismos vivem nos subĂșrbios), e começa a explicação dos tais substantivos.
- Os nomes concretos sĂŁo os que marcam coisas ou criaturas que existem mesmo de verdade, como HOMEM, NASTĂCIA, TATU, CEBOLA. E os Nomes Abstratos sĂŁo os que marcam coisas que a gente quer que existam, ou imaginam que existem, como BONDADE, LEALDADE, JUSTIĂA, AMOR.
- E tambĂ©m dinheiro – sugeriu EmĂlia.
- Dinheiro Ă© concreto, porque dinheiro existe – contestou Quindim.
- Pra mim e pra Tia NastĂĄcia Ă© abstratĂssimo. Ouço falar em dinheiro, como ouço falar em JUSTIĂA, LEALDADE, AMOR; mas ver, pegar, cheirar e botar no bolso dinheiro, isso nunca.
- E aquele tostĂŁo novo que dei a vocĂȘ no dia do circo? Lembrou o menino.
- TostĂŁo nĂŁo Ă© dinheiro; Ă© cuspo de dinheiro – retorquiu EmĂlia.
Isso Ă© ou nĂŁo Ă© muuuuito mais legal que aquele livro de gramĂĄtica que vocĂȘ nem sabe que fim deu e que fazia parte da coleção “Os IntocĂĄveis”?
E Ăł, se vocĂȘ for bonzinho, na semana que vem eu ponho um outro trecho bacana do livro. AtĂ©.

Storyteller com letra maiĂșscula Ă© o autor que nĂŁo cria uma histĂłria simplesmente a partir de sua imaginação, e sim de uma missĂŁo.
Em EmĂlia no PaĂs da GramĂĄtica foi isso o que aconteceu. Nessa aventura com Narizinho, Pedrinho, EmĂlia, Visconde de Sabugosa e Quindim, o rinoceronte sĂĄbio, entender as coisas de nossa lĂngua se transformou num divertido passeio feito na companhia desses incrĂveis personagens. Como se o Professor Pasquale fosse o cliente e o desafio fosse falar para crianças sobre substantivos concretos e abstratos, alĂ©m de outras chateaçÔes da lĂngua.
Abaixo vai uma pequena amostra. Depois de chegarem Ă PortugĂĄlia, cidade onde vivem as palavras de origem portuguesa, Quindim cruza o centro da cidade, regiĂŁo em que vivem as palavras em uso (enquanto os arcaĂsmos, as gĂrias e os neologismos vivem nos subĂșrbios), e começa a explicação dos tais substantivos.
- Os nomes concretos sĂŁo os que marcam coisas ou criaturas que existem mesmo de verdade, como HOMEM, NASTĂCIA, TATU, CEBOLA. E os Nomes Abstratos sĂŁo os que marcam coisas que a gente quer que existam, ou imaginam que existem, como BONDADE, LEALDADE, JUSTIĂA, AMOR.
- E tambĂ©m dinheiro – sugeriu EmĂlia.
- Dinheiro Ă© concreto, porque dinheiro existe – contestou Quindim.
- Pra mim e pra Tia NastĂĄcia Ă© abstratĂssimo. Ouço falar em dinheiro, como ouço falar em JUSTIĂA, LEALDADE, AMOR; mas ver, pegar, cheirar e botar no bolso dinheiro, isso nunca.
- E aquele tostĂŁo novo que dei a vocĂȘ no dia do circo? Lembrou o menino.
- TostĂŁo nĂŁo Ă© dinheiro; Ă© cuspo de dinheiro – retorquiu EmĂlia.
Isso Ă© ou nĂŁo Ă© muuuuito mais legal que aquele livro de gramĂĄtica que vocĂȘ nem sabe que fim deu e que fazia parte da coleção “Os IntocĂĄveis”?
E Ăł, se vocĂȘ for bonzinho, na semana que vem eu ponho um outro trecho bacana do livro. AtĂ©.
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