A HISTÓRIA DE UMA MARCA É A NARRATIVA DE UM HERÓI

https://www.storytellers.com.br/2012/05/historia-de-uma-marca-e-narrativa-de-um.html
As maquinas param e ninguém sabe o motivo, a última gota do
líquido escuro começa a escorrer pelo flutuante funil gigante. Ele corre em direção
ao botão vermelho, todos ao redor o assistem com atenção, torcendo para que
aquela gota não se perca ao cair no chão. A nova garrafa se revela de um
compartimento secreto, ele a pega e corre desesperado até a beira do penhasco e
em direção da gota, que cai do céu como que em câmera lenta. Alguns segundos o
separam de salvar o mundo, ele só precisa salvar aquela gota, deixa-la cair,
mas dentro da garrafa, para se tornar um herói. Parecia impossível, mas
aconteceu. Seus esforços foram recompensados e a gota caiu dentro da garrafa.
A festa começa e a garrafa deve ser apresentada ao rei antes
de partir e apesar de seu primeiro ato de heroísmo é ai que ele percebe que
jornada não acabou, na verdade ela estava apenas começando.
A história acima é uma descrição minha de uma parte do
comercial “The Happiness Factory” (em tradução livre a Fábrica da Felicidade),
da Coca-Cola e é apenas um exemplo de como marcas não contam histórias, na verdade
as marcas fazem parte dela. Nesse caso todo o universo se passa dentro da
máquina de vendas da Coca-Cola e a história é apresentada do ponto de vista de
um personagem. É importante que tenhamos em mente que histórias são sempre
sobre pessoas, ou personagens que agem como pessoas. É isso que nos ajuda a criar empatia com o
espectador, fazendo, através de verdades humanas, com que ele se relacione com
a história pelo ponto de vista do personagem.
Devemos também, ter em mente que quando nos referimos a “pessoas”
e “personagem” indicamos apenas um ponto de vista responsável pela narrativa,
uma personalidade que irá definir a maneira como os acontecimentos serão
interpretados. Por exemplo: se pensarmos em uma senhora subindo uma enorme
escada, a ação pode ser considerada um grande desafio, porém a mesma escada não
seria um desafio tão grande para um jovem de 20 anos de idade. É essa diferença
de olhar que define como iremos experimentar a história e o universo ao redor
dela.