WALTER – O PERSONAGEM?



Olá, meu nome é Walter.  Estou no mercado há tempos, sou velho de guerra. Quando Philip Kotler ainda nem havia pensado nos 4Ps do Marketing eu já falava de Storytelling. Mas para contar essa história convidei meu amigo Afonso. Olá, o Walter eu sou até suspeito para falar. Ele é daquele tipo família. E vocês, acreditem ou não, nós nos conhecemos pegando onda nas férias. Desde então, sempre pude contar com esse cara para resolver qualquer problema. Essa parte, porém, vou deixar com a Miriam, casada com ele há 25 anos.

Olá, eu sou a mulher do Walter. Eu fico até assim meio envergonhada para falar na frente de todo mundo. Se fosse em cima de um palco era melhor, pois sou cantora e estou acostumada. Falar assim nesse parágrafo é que me deixa assim, sem jeito. O Walter é uma pessoa maravilhosa, com ele tive três filhos. Não dá para falar sobre o meu marido sem chamar o Junior, nosso mais velho, que está convidando os amiguinhos para o aniversário no mês que vem e terminou o ano alfabetizado. Ele é pequeno, só que muito esperto.

Olá, eu sou o Junior. Papai é muito legal. Com ele eu gosto de andar de bicicleta no domingo e tomar sorvete. Gosto também de ouvir o papai tocar violão. Vovó, me ajuda a falar do papai? Ajudo, querido.
Olá, eu sou a Jurema, mãe do Walter e por isso suspeita para falar sobre ele. O Walter desde pequeno é uma pessoa muito amável. A gente sempre morou em casa com quintal espaçoso e pomar. Na época da manga, ele sempre trepava nas árvores para voltar cheio de fruta no colo. Não quero falar mais porque vou me emocionar, isso não vai dar certo. Para falar do Walter, melhor do que a própria mãe, acho que só o autor deste texto.

Olá, eu sou o Eduardo. Estou aqui para dizer que o Walter existe há alguns minutos, quando foi escrita a primeira linha do texto. Isso, porém, pode não ser verdade. Talvez o Walter exista há mais tempo dentro do leitor, ou jamais tenha existido. Talvez o Walter lembre um amigo próximo ou distante. Talvez seja aquele personagem que o leitor gostaria de ser ou não queria estar na pele.

Este é um desafio do Storyteller. Por meio dos personagens, permitir ao leitor se identificar, criar antipatia, inimizades, bons relacionamentos e até se inspirar. Deixar livres as fronteiras entre o mundo real e a ficção para incomodar, ou trazer bem-estar a quem se depara com uma boa história.

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