UMA HISTÓRIA SOBRE UM CURSO PARA CONTAR HISTÓRIAS!

https://www.storytellers.com.br/2012/05/os-primeiros-passos-para-contar-uma.html
A primeira vez que entrei na sala de aula eu estava perdido,
não sabia muito bem o que ia acontecer, na verdade eu não sabia muito bem nem o
motivo pelo qual eu estava ali, naquele momento, para mim, era simples, eu
queria aprender algo novo e o termo “storytelling’ me chamou a atenção. Comprei
o caderno no caminho para o curso, em uma papelaria que achei enquanto estava
perdido procurando pelo endereço da ESPM. O auditório era grande e estava razoavelmente
cheio, os professores andavam de um lado para o outro resolvendo problemas
comuns de sala de aula e recebendo os alunos.
Não demorou para que um a um, os três professores começassem
a falar, ou melhor, contar histórias. Foi
assim, meio que sem perceber, que eu conheci o poder do storytelling, em uma sala de aula do Centro de Inovação e
Criatividade da ESPM. Devo admitir que também não demorou muito para que eu me
apaixonasse pelo assunto e procurasse nos professores maneiras novas de me
reinventar e eu acho que nenhum de nós imaginou que aquilo tudo seria, na
verdade o começo dessa minha reinvenção.
Cada vírgula virou um desafio, um pensamento novo, uma maneira nova de
construir as coisas na minha cabeça. Começamos simples, pensando em como usar
aquela tecnologia para fazer as pessoas se relacionarem melhor com a nossa marca,
ideia ou produto e depois passamos para como criar uma história, vimos
arquétipos, nome e sobrenome, discutimos a importância de sabermos tudo sobre
um personagem, ai nós chegamos a estratégias transmidia, viajamos ida e volta
entre o story e o telling de tudo aquilo.
Sai do curso, como muitos outros alunos, cheio de ideias na
cabeça e de histórias para contar, pedi ajuda e aos poucos fui trabalhando
nessas ideias, percebendo que não podemos nos prender a uma ideia, que o
storyteller deve saber quando jogar um papel fora e recomeçar a escrever em um
novo. Aprendi que era muito mais difícil criar um personagem do que pensar em
um nome e uma data de nascimento, apesar de que isso já é um começo. Estudei,
escrevi e aprendi, mas ainda assim não era o suficiente, eu queria mais e por
isso me inscrevi de novo, no curso extensivo, mais longo e com espaço para mais
prática de toda a teoria.
O extensivo acabou semana passada e eu continuei cheio de
ideias, no fim do curso todo mundo contou uma história, cada grupo tinha uma
missão e cada missão era mais difícil que a outra, mas entre aliens sarados,
acidentes dramáticos de transito, histórias sobre lugares maravilhosos e um
circo 100% sustentável nós conseguimos contar histórias que fizeram pessoas se
emocionarem, rirem e se divertirem, deixamos uns aos outros com um gostinho de
quero mais. Quero mais histórias, quero mais conhecimento, quero mais daquilo
tudo, no fim essa história, como toda boa história, deixou todo mundo pendurado
em um penhasco, lutando para subir e descobrir como seria o fim dessa jornada e
eu acho que ninguém sabe ainda a resposta dessa pergunta, mas uma coisa eu
garanto, o primeiro a chegar ao topo vai conseguir contar uma bela de uma
história.
Pois é, a verdade é que se tornar um storyteller é um
processo, e que todos nós, lá do curso, demos os primeiros, alguns de nós vão
usar esses aprendizados para criar campanhas publicitárias, outros para
melhorar as apresentações de power point, alguns vão usar pra vender mais e
outros pra melhorar o qualidade da venda, não importa onde ou como, saber
contar bem uma boa história é uma habilidade útil para muita gente.
O curso
acabou e deixou saudade, mas os nossos mestres storytellers não cansam de
ensinar e antes do Fernando Palacios se perder pelo mundo em busca da NovaMaravilha, da Martha Terenzzo decidir mudar o mundo de novo e do Bruno
Scartozzoni inventar mais um viagem paro deserto, antes disso tudo eles nos dão
mais uma oportunidade de aproveitar o curso e aprender um pouco mais sobre
contar histórias em um curso intensivo de storytelling que começa agora, dia 07
de maio de 2012 lá na ESPM, e por experiência própria eu digo que vale a pena
coferir.