ORIGINAL E CĂPIA, QUAL A DIFERENĂA?
Carminha andava de um lado pro outro no corredor, todo
pintado de branco, ansiosa como quem espera o resultado de um importante exame
médico. Mas a verdade é que naquele prédio não havia médico algum, dentro da
sala estavam os dois avaliadores de arte que a moça mandou vir da Europa para
analisar o quadro que encontrara na garagem de sua avĂł. Dizia uma lenda
familiar que aquele quadro tinha se perdido e que era uma grande obra de Van
Gogh que a famĂlia Couto trouxera ao Brasil hĂĄ vĂĄrias geraçÔes.
O BizavĂŽ de Carminha era um grande negociador de arte e teria conseguido esse quadro com um excĂȘntrico milionĂĄrio que possuĂa em seu porĂŁo uma vasta coleção de arte. De acordo com os relatos de sua avĂł o milionĂĄrio teria dado o quadro para o amigo como retribuição por um favor, mas ninguĂ©m nunca soube que favor era esse.
Quando sua avó faleceu Carminha jå conhecia a história, mas acreditava na versão de que o quadro teria sido vendido, ou se perdido entre as geraçÔes hå anos e jamais esperava encontrå-lo na garagem, enrolado em velho cobertor.
O BizavĂŽ de Carminha era um grande negociador de arte e teria conseguido esse quadro com um excĂȘntrico milionĂĄrio que possuĂa em seu porĂŁo uma vasta coleção de arte. De acordo com os relatos de sua avĂł o milionĂĄrio teria dado o quadro para o amigo como retribuição por um favor, mas ninguĂ©m nunca soube que favor era esse.
Quando sua avó faleceu Carminha jå conhecia a história, mas acreditava na versão de que o quadro teria sido vendido, ou se perdido entre as geraçÔes hå anos e jamais esperava encontrå-lo na garagem, enrolado em velho cobertor.
Se aquele quadro fosse o original a vida de Carminha ia mudar e ela sabia disso.
– “Calma Carmem, ninguĂ©m vai morrer por causa desse quadro!” – Dizia Caio o marido da moça nervosa
– “NĂŁo entendo! Qual Ă© a diferença se o quadro Ă© verdadeiro ou nĂŁo? VocĂȘ disse que nem vender vai!” – completava o rapaz tentando acalmĂĄ-la.
Carmen pensava sem responder ao marido – “NĂŁo vou vender! Claro que nĂŁo! Ă o quadro da minha famĂlia! Mas se for verdadeiro, ah... se for verdadeiro”
- as Ășltimas palavras de seu pensamento escaparam pela boca em um tom de Ăąnimo, deixando o marido ainda mais confuso e sem entender qual era a importĂąncia do quadro ser ou nĂŁo verdadeiro se ela nem iria aproveitar de seu valor.
Afinal, qual é a diferença na beleza do quadro se foi ou não Van Gogh quem o pintou?
http://www.ted.com/talks/lang/en/paul_bloom_the_origins_of_pleasure.html
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