ORIGINAL E CÓPIA, QUAL A DIFERENÇA?

https://www.storytellers.com.br/2012/04/original-e-copia-qual-diferenca.html
Carminha andava de um lado pro outro no corredor, todo
pintado de branco, ansiosa como quem espera o resultado de um importante exame
médico. Mas a verdade é que naquele prédio não havia médico algum, dentro da
sala estavam os dois avaliadores de arte que a moça mandou vir da Europa para
analisar o quadro que encontrara na garagem de sua avó. Dizia uma lenda
familiar que aquele quadro tinha se perdido e que era uma grande obra de Van
Gogh que a família Couto trouxera ao Brasil há várias gerações.
O Bizavô de Carminha era um grande negociador de arte e teria conseguido esse quadro com um excêntrico milionário que possuía em seu porão uma vasta coleção de arte. De acordo com os relatos de sua avó o milionário teria dado o quadro para o amigo como retribuição por um favor, mas ninguém nunca soube que favor era esse.
Quando sua avó faleceu Carminha já conhecia a história, mas acreditava na versão de que o quadro teria sido vendido, ou se perdido entre as gerações há anos e jamais esperava encontrá-lo na garagem, enrolado em velho cobertor.
O Bizavô de Carminha era um grande negociador de arte e teria conseguido esse quadro com um excêntrico milionário que possuía em seu porão uma vasta coleção de arte. De acordo com os relatos de sua avó o milionário teria dado o quadro para o amigo como retribuição por um favor, mas ninguém nunca soube que favor era esse.
Quando sua avó faleceu Carminha já conhecia a história, mas acreditava na versão de que o quadro teria sido vendido, ou se perdido entre as gerações há anos e jamais esperava encontrá-lo na garagem, enrolado em velho cobertor.
Se aquele quadro fosse o original a vida de Carminha ia mudar e ela sabia disso.
– “Calma Carmem, ninguém vai morrer por causa desse quadro!” – Dizia Caio o marido da moça nervosa
– “Não entendo! Qual é a diferença se o quadro é verdadeiro ou não? Você disse que nem vender vai!” – completava o rapaz tentando acalmá-la.
Carmen pensava sem responder ao marido – “Não vou vender! Claro que não! É o quadro da minha família! Mas se for verdadeiro, ah... se for verdadeiro”
- as últimas palavras de seu pensamento escaparam pela boca em um tom de ânimo, deixando o marido ainda mais confuso e sem entender qual era a importância do quadro ser ou não verdadeiro se ela nem iria aproveitar de seu valor.
Afinal, qual é a diferença na beleza do quadro se foi ou não Van Gogh quem o pintou?
http://www.ted.com/talks/lang/en/paul_bloom_the_origins_of_pleasure.html