O STORYTELLING NA CAPA DO JORNAL
Quando
nos referimos ao uso do storytelling como “a Ășltima esperança” para captar a
atenção do consumidor, ainda que nossos exemplos sejam predominantemente
mercadológicos, não podemos nos esquecer de que a falta de atenção não é
caracterĂstica do ser humano sĂł enquanto consumidor, mas enquanto indivĂduo
inserido na pĂłs-modernidade.
Por
assim dizer, temos que o storytelling surge como caminho nĂŁo sĂł para a
comunicação publicitĂĄria, mas para a comunicação em geral – o que inclui outro
grupo de graduados em comunicação: os jornalistas. Para explicar aqui,
brevemente, como o storytelling poderĂĄ (e deverĂĄ) ir parar nas capas dos
jornais, proponho um paralelo com a histĂłria da propaganda.
HĂĄ
muitos e muitos anos atrĂĄs, num lugar nĂŁo muito distante, a publicidade se
limitava a anĂșncios que transmitiam as qualidades de um produto. Eternizados
pela voz imperativa do “Compre!” e “Experimente!”, os chamados anĂșncios “hard
sell” dominavam a propaganda e a cabeça de seus criadores com uma fĂłrmula
pronta.
Entretanto,
com o passar do tempo, o inchaço comunicacional, dentre outros motivos, começou
a diminuir a eficĂĄcia com que estes anĂșncios funcionavam, obrigando assim os
publicitĂĄrios a repensar a forma com que anunciariam seus produtos. Nascia aĂ o
que Ă© conhecido como “soft sell”.

O
“soft tell” para o jornalismo, ou seja, o storytelling aplicado Ă s pĂĄginas de
jornais nĂŁo Ă© de todo novidade. Que diga o “new journalism” nos anos 60. Mas sĂł
quando mais fĂłrmulas forem quebradas Ă© que teremos mais narrativas eternizadas e
leitores atentos ao noticiĂĄrio.
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