FATOS EXTRAORDINÁRIOS DO COTIDIANO

Hoje, antes de escrever esse texto, acordei, tomei um banho, comi alguma coisa e escovei meus dentes em seguida. De fato, como você deve estar pensando, isso não interessa a ninguém, quase nem até a mim mesmo. Isso é porque, como todos já sabemos, é condição sine quanon a uma história tratar de fatos extraordinários. 
Não é a primeira vez que você ouve, ou que eu escrevo isso. Simples relatos de fatos corriqueiros a qualquer um de nós não são dignos de uma boa história. Mas quando vamos em busca de alguns exemplos, percebemos que essa “regra” não é tão assim “via de regra” para a construção de uma bela trama. 
Porque, se por um lado acontecimentos fantásticos como uma garota que cai em uma toca de coelho e vai parar em um lugar mágico, ou um cientista milionário que cria uma super armadura que o mantém vivo são histórias muito boas, por outro, as dezenas de exemplos de filmes, livros ou séries que contam não mais que o cotidiano de forma singular, tocam quem as consome ainda mais.
Quer exemplo melhor do que os filmes de Woody Allen que tratam das mesmas questões desde o primeiro em 1965, ou as crônicas de Luis Fernando Veríssimo ou Antonio Prata que sempre retratam o que nos é mais cotidiano?
A questão é que quanto mais trivial um fato é, como é a nossa própria respiração para nós mesmos, maior é o desafio do autor em dar a ela um significado, um viés diferente que faça quem lê ou assiste parar pra pensar a cada inspiração. 

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