DA FICÇÃO PARA A REALIDADE, DE “1984” PARA 2013

Há cerca de 64 anos, em 1949, George Orwell lançava a primeira edição de sua obra de ficção chamada “1984”. Para o antigo Reino Unido dos anos 40, tratar a história repleta de vigilância e ficção científica como, de fato, ficcional é completamente compreensível. Entretanto, anos depois, mais exatamente uma semana atrás com a revelação do monitoramento do governo estado-unidense a registros de ligações dos cidadãos americanos, nada é mais real para 2013 do que “1984”.
São notícias como essa que, com todo o aparente ensejo real do jornalismo, mais uma vez não nos deixa mentir: dentro de toda grande ficção há sempre uma verdade maior ainda. Tecnologias mudam, dogmas são quebrados e consequentemente lá se vai o que antes nos parecia real. Mas há uma característica de toda boa história que permanece e transcende as décadas: a verdade humana.
Assim, a realidade é que existe em nós algo que nem os subordinados de Barack Obama conseguiram desvendar em suas espionagens, e que parece resistir e ciclicamente voltar à tona em fatos como esse. Algo que em 2013, 64 anos depois de 1984, apresenta um aumento de 6888% nas vendas do livro em um só dia, sem dúvida nos cativa atemporalmente. 

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