STORYTELLING, SEMIÓTICA E ARTE

https://www.storytellers.com.br/2013/06/storytelling-semiotica-e-arte.html
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A arte é a expressão humana, através de alguma linguagem, com o objetivo puro de observação e reflexão e para atingir esse objetivo é preciso que trabalhemos forma e conteúdo, que pode ser entendido superficialmente, como story e telling. Sendo que o primeiro, Story, é o conteúdo e o segundo, telling é a forma. O que eu quero dizer aqui é que há diversas maneiras de se contar uma história, desde a mais simples narrativa oral, até a mais complexa produção transmídia, a mesma história pode ser contada de diversas maneiras e cada uma dessas maneiras tem suas características específicas quanto ao tópico do parágrafo anterior.
É simples, a descrição de um personagem em um livro permite mais variações de sua face do que o desenho desse mesmo personagem nos quadrinhos, por exemplo. O que significa que a interpretação desse mesmo personagem será diferente para quem leu o livro e para quem leu os quadrinhos. Podemos verificar esse problema semiótico quando assistimos um filme da Marvel, por exemplo, e saímos da sala do cinema com a impressão de que o personagem apresentado não condizia com o personagem que conhecíamos anteriormente pelos quadrinhos, afinal, além de termos uma interpretação diferente dos quadrinhos do que tinha o roteirista e o diretor do filme, a nossa interpretação do próprios filme é diferente da interpretação de seus criadores.
Toda essa ciência que apresentei é na verdade um cenário no qual está inserido todo comunicador, desde o artística plástico que lida com a flutuação de sentido de suas obras até o redator publicitário que usa palavras para dar significado e sentido para o consumo de diversos produtos e serviços. Nós estamos, na verdade, no ramo de criar significados, trabalhar o que as marcas representam através das mensagens que elas apresentam. Ao contar uma história, a união de vários símbolos com várias possíveis interpretações, nós somos os responsáveis por definir os vários níveis de interpretação que iremos permitir ao público. Tal desafio, de controlar a interpretação do atento, apenas é intensificado quando lhes oferecemos uma campanha transmídia em que através de várias plataformas iremos oferecer diferentes experiências sobre a mesma história, é preciso, então pensar cuidadosamente na relação entre a representação imagética e verbal da narrativa em que estamos trabalhando.