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AS HISTÓRIAS ESCONDIDAS DE SUA EMPRESA



E se existisse uma história esperando por você em cada lugar que você passasse? Não existe? Você pode até não perceber que ela está ali ansiosa para ser contada, mas existe. As histórias estão acontecendo aos milhões, o tempo inteiro, em todas as épocas e países. Atrás da porta, pelo buraco da fechadura ou a olhos vistos.

Observá-las, em muitos casos, é insuficiente para elas saírem do esconderijo. Será necessário partir para a ação. Organizar as ideias, planejar os capítulos, montar um roteiro e construir a narrativa – escrita, falada, encenada, em animação, formato de game, do jeito que for melhor. Ou, até, mandar um especialista fazer tudo isso por você. Só não vale deixar uma boa história passar sem ser registrada.

Em seu poema “Procura da poesia”, o escritor Carlos Drummond de Andrade recomendou:

Penetra surdamente no reino das palavras 
Lá estão os poemas que esperam ser escritos(...) 
Chega mais perto e contempla as palavras 
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta, 
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?

Um dos maiores erros do mercado, em geral, é acreditar que as histórias servem apenas aos poetas e sonhadores. Esse é um velho preconceito. As histórias e as técnicas de Storytelling são importantes, inclusive, para promover as empresas e valorizar as marcas, aumentando a interatividade com os clientes e os resultados corporativos. Há diversos modos de isso ser feito.

As melhores histórias sobre o seu negócio são capazes de estar próximas ou muito além dele. Podem ser explícitas ou aparecer nas entrelinhas, vai saber... De preferência com a ajuda de um ótimo storyteller, cabe a você percebê-las o quanto antes e usá-las em benefício da empresa. Trouxeste a chave?    

TODOS TÊM UMA HISTÓRIA PARA CONTAR, MAS...



É um fato: a vida de qualquer pessoa daria um bom romance. A vida de algumas pessoas daria até mesmo uma saga de vários volumes. Mesmo a mais tediosa das vidas seria capaz de gerar ao menos um conto intrigante. E o mesmo vale para as empresas e suas marcas. Mas chegou a hora do "porém, contudo, todavia, entretanto".

O "mas" é uma negação. Toda vez que essa palavrinha aparece, você praticamente pode desconsiderar tudo o que foi dito antes dela. Então agora começa o post de verdade e com uma verdade: todos têm uma história para contar, mas nem todo o mundo pode contar uma história.

Sim, é verdade que todos contamos histórias o tempo inteiro - para entreter amigos na mesa de bar, para convencer o chefe de alguma ideia no escritório, para atualizar a família no almoço de domingo - mas isso não quer dizer que todos nós saibamos bem contar. Mas vou deixar que o Professor Bruno Scartozzoni esclareça essa questão.

O Bruno já escreveu muito por aqui no passado e continua ministrando comigo e com a Martha Terenzzo os cursos de Inovação em Storytelling na ESPM e foi muito preciso em uma resposta no grupo de discussões que mantemos no Facebook.

"Deixar que as pessoas contem suas histórias é um erro em termos de storytelling. Esse tipo de mecânica pode funcionar para dar ao consumidor aquele sentimento de fazer parte, mas o buraco é mais embaixo... quantas vezes você investiu seu tempo vendo os vídeos e textos das pessoas que participam desse tipo de promoção "conte sua história"? Digo, você Leitor, como consumidor. Aposto que nenhuma.

O problema é que existe uma diferença enorme entre ter uma história para contar no dia a dia e contar uma história de um jeito que seja muito interessante. O problema aqui é ser interessante a ponto de capturar a atenção das pessoas, não é? E deixar que cada um grave seu vídeo ou escreva seu texto dificilmente terá esse efeito.

O conselho que eu dou nesse tipo de coisa é que a marca tenha alguém para trabalhar esse material e transformá-lo em histórias bem contadas. Pode ser um curta, um conto, um livro, um vídeo de 30 segundos, tanto faz.

Mas pense assim...se qualquer um pudesse contar sua própria história não existiriam biógrafos e ghost writers. As marcas também precisam de figuras assim para contar histórias reais, por melhor que sejam as suas histórias."

A história que você se conta

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Storytelling não tem relação apenas com criar e contar histórias para os outros, mas também com a história que você se conta.

Um filme que ilustra isso muito bem é o 10.000 AC, que estava passando no cinema pelo menos até algumas semanas atrás. Já adianto que o filme em si não é lá essas coisas, mas serve muito bem ao nosso propósito.

A história se passa no ano 10.000 antes de Cristo, quando uma tribo pouco evoluída em termos tecnológicos é atacada por outra maior e bem mais poderosa.

Não entrarei em detalhes sobre o desenrolar do filme, mas o que importa é a história que cada uma dessas tribos se contam.

Uma das tribos têm uma lenda de que alguém de fora virá para salvá-los. A outra acredita que alguém de fora virá para destruí-los. Quem é quem?

Esperando que a salvação apareça de repente, quase que como um milagre, uma das tribos não se esforça muito para evoluir, criar novas tecnologias e se defender. Já a outra, sempre se prevenindo de um ataque externo, se obriga a se desenvolver.

Volta e meia alguém diz que os Estados Unidos sempre precisam de um inimigo externo a ser combatido: o comunismo, o terrorismo, grandes catástrofes, invasões alienígenas e por aí vai... Sem julgamento de valor, não é por acaso que eles são uma super-potência.

Agora eu pergunto, qual é a história que sua empresa se conta? A salvação para a sua marca cairá dos céus? Ou a concorrência pode te dizimar de uma hora pra outra?