AO MOCHILEIRO, BON VOYAGE




O relógio bate naturalmente, mas a sensação é de que o tempo acelera e parece acompanhar o batimento do coração daqueles que anseiam por uma resposta. A mochila pronta está deitada na porta de entrada do apartamento, como um cão que espera a hora do passeio. O artista, que aguarda o início de sua jornada pelo mundo, corre contra os batimentos cardíacos do universo para que fique tudo organizado antes de partir do seio de sua pátria para as novas páginas de um romance moderno.

O celular apita, mas ainda não é hora de partir, é apenas mais um sinal de ansiedade de quem fica e apenas sonha em protagonizar uma história fantástica. Nosso herói esboça um piscar de olhos de quem ameaça acordar, mas é apenas um pequeno lapso entre os sonhos e o mundo em que vivemos. A fina linha entre a verdade e a ficção talvez desapareça em um piscar de olhos que revele as maravilhas do mundo. Talvez demore mais do que algumas voltas completas de um relógio de parede para que o tempo se acostume com a ideia de ser deixado para trás. Talvez seja um apito como esse, ameaçando o sono de outra pessoa, que revele em uma simples mensagem de celular, as mais belas cores e formas de um universo completamente novo.
   
Enquanto o futuro é preenchido por palavras fabulosas e histórias grandiosas, o apartamento já apresenta os primeiros sintomas da solidão vazia por se tornar um baú de memórias de quem se afasta do que é, em busca do que poderia ser.  Há quem diga que já pode sentir o cheiro das palavras saindo das mãos do escritor que se prepara para viajar pelo maravilhoso mundo do outro lado do oceano. Outros dizem saber onde é que está o que o W’writer procura em sua jornada. Mas no fim todos anseiam por uma resposta para a pergunta que permeia todo esse maravilhoso universo novo: qual será a Próxima Maravilha da humanidade? 

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