FAROESTE CABOCLO E O "TELLING": A DIFERENÇA ENTRE CANTAR E CONTAR




De tempos em tempos surge uma notĂ­cia de um livro que vai virar filme, de um filme que vai virar livro, de uma sĂ©rie que vai virar filme ou atĂ© de um canal do Youtube, como o “Porta dos Fundos”, que recentemente anunciou que vai para as telonas. A verdade Ă© que quando se trata de uma boa histĂłria ela permite ser contada das mais diversas maneiras.
A novidade da vez Ă© o filme “Faroeste Caboclo”. Com direção de RenĂ© Sampaio, como sugere o tĂ­tulo, ele conta a histĂłria de JoĂŁo de Santo Cristo, escrita e eternizada na voz de Renato Russo nos anos 90 e reconhecida como o “Ă©pico brasileiro”.
A histĂłria dispensa apresentação. A partir de cerca de 9 minutos de mĂșsica, o grande desafio do filme em termos de storytelling sem dĂșvida foi transformar estes minutos de “telling” da mĂșsica em mais de uma hora de filme na histĂłria contada nos cinemas sem desafinar.
Aos olhos dos fĂŁs da LegiĂŁo Urbana que tĂȘm os 168 versos na ponta da lĂ­ngua, a produção Ă© ao mesmo tempo uma ousadia e um desejo de longa data que sĂł saberemos o resultado a partir do dia 30 de maio. Mas no que se refere a storytelling, eis um exemplo bastante didĂĄtico e tambĂ©m diferente do que estamos acostumados da distinção entre o “story” (o universo de JoĂŁo de Santo Cristo) e o “telling” (a mĂșsica de Renato e agora o filme de RenĂ©).

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