O JOGO DOS SETE ERROS DO STORYTELLING

https://www.storytellers.com.br/2013/07/o-jogo-dos-sete-erros-do-storytelling.html
É a partir do que, nos últimos anos, é
chamado de storytelling que contar uma boa história ganha as salas de reuniões,
escritórios de empresas e escolas de negócios. Se uma boa narrativa é capaz de
chamar a atenção, entreter e comover, por que ela também não pode vender? -
Pensamos nós, do ramo.
Mais do que nós, é o que pensa também a
escola de negócios de Stanford, na Califórnia, em um recente e bastante
interessante texto publicado em seu site. Nele, a autora e professora Jennifer
Aaker cria uma espécie de “jogo dos sete erros” do storytelling corporativo. Segundo
ela, que se baseia bastante na literatura de Daniel Pink, existem sete pontos
principais a se considerar quando contamos uma história para um grupo de
consumidores ao em vez de um grupo de amigos.
Falando rapidamente sobre cada um, o primeiro
deles é a ordem cronológica. O que vem antes e depois na hora de contar não é
necessariamente o que de fato aconteceu, mas o que for aumentar ainda mais a
tensão e a emoção da história.
A seguir vem o “telling”. Apesar de sua
tradução, “contar”, e de sua inquestionável importância no termo propriamente
dito, “storytelling”, uma das grandes premissas de uma narrativa é exatamente
não contar, mas mostrar.
Prosseguindo temos o que na tradução literal
seria “jargão”, mas que funciona melhor se assim entendermos por “termos
técnicos”. Desta forma, a começar pela própria palavra “jargão”, é bom evitar
aquilo que vai se perder em traduções e não fala com todos os públicos
desejados.
Muito ligado a este está o próximo erro. Seja
lá qual for o seu negócio ou o negócio do seu cliente, sempre haverá um ser
humano como qualquer outro em cada ponta da relação. Histórias são sobre humanos!
Aí vem a autenticidade. Ainda que a autora afirme
que as pessoas gostam de ouvir histórias reais, aqui eu ouso em complementar,
evitando a pergunta de “O que é real?”, ou seja: mais do que reais e verdadeiras
elas devem ser condizentes.
Em seguida, se acabei de evitar perguntar
sobre o que é real por, em anos de estudos dos mais diversos filósofos, ninguém
ter certeza, o seu protagonista muito menos. Dúvidas fazem parte, e parte muito
grande de uma boa história.
Para terminar, antes que isso mais pareça o
atendimento do Spoleto ou do Subway, Jennifer diz que devemos prestar atenção no
potencial das histórias de todos ao redor da empresa. Em tempos de Big Data, um
banco de histórias não parece uma má ideia.
Ainda que para storytelling não haja, e que
bom, uma fórmula totalmente enlatada de como fazer sucesso, as orientações e os
caminhos sempre tendem a seguir a linha do que, como dito no início, vai
atrair, entreter e comover quem consome a história.