MARCA, O MELHOR AMIGO DO HERÓI

O que dizer de Sherlock Holmes sem Watson, Don Quixote sem Sancho Pança ou atĂ© Batman sem Robin? Pouca coisa, quando nĂŁo nada, o que de cara nos leva a concluir que tanto quanto histĂłrias sĂŁo sobre humanos, humanos precisam de bons companheiros em suas jornadas. E, ainda que histĂłrias sejam sobre humanos, nĂŁo Ă© sempre sobre homo sapiens que falamos. 
Muitos sĂŁo os exemplos de aliados “nĂŁo-humanos”. Objetos em geral, pelĂșcias, carros, monstros e principalmente cĂŁes jĂĄ fizeram o papel de melhor amigo do homem tambĂ©m na ficção. Este Ășltimo, por vezes, teve a audĂĄcia de inverter os papĂ©is e assumir “o fronte” da histĂłria. É o caso de Lessie, Beethoven e do mais recente Marley & Eu.

Para Christopher Vogler, em “A jornada do Escritor”, “Estes aliados prĂłximos do herĂłi podem ser responsĂĄveis por momentos de alĂ­vio cĂŽmico, alĂ©m de prestarem assistĂȘncia. (...) Essas figuras podem cruzar facilmente as fronteiras que separam os Mentores dos PĂ­caros, Ă s vezes ajudando o herĂłi e atuando como sua consciĂȘncia, Ă s vezes comicamente se metendo em trapalhadas ou causando encrenca.”

A verdade Ă© que a lendĂĄria relação entre o homem e o cĂŁo, que aqui e na ficção se encaixa na relação entre o protagonista e seu fiel-escudeiro, Ă© historicamente uma parceria pronta para a construção de qualquer histĂłria. Um protagonista sem um aliado, bem como um homem sem seu cĂŁo, Ă© como um clĂĄssico pirata sem um papagaio. Afinal, continuando o raciocĂ­nio do inĂ­cio, o que dizer de Chuck (sim, o protagonista de “O NĂĄufrago”) sem Wilson, a bola?

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