MARCA, O MELHOR AMIGO DO HERÓI

https://www.storytellers.com.br/2013/09/o-melhor-amigo-do-heroi.html
O que dizer
de Sherlock Holmes sem Watson, Don Quixote sem Sancho Pança ou até Batman sem
Robin? Pouca coisa, quando não nada, o que de cara nos leva a concluir que
tanto quanto histórias são sobre humanos, humanos precisam de bons companheiros
em suas jornadas. E, ainda que histórias sejam sobre humanos, não é sempre sobre homo sapiens que falamos.
Muitos são
os exemplos de aliados “não-humanos”. Objetos em geral, pelúcias,
carros, monstros e principalmente cães já fizeram o papel de melhor amigo do
homem também na ficção. Este último, por vezes, teve a audácia de inverter os
papéis e assumir “o fronte” da história. É o caso de Lessie, Beethoven e do mais
recente Marley & Eu.
Para
Christopher Vogler, em “A jornada do Escritor”, “Estes aliados próximos do herói podem ser responsáveis por momentos de
alívio cômico, além de prestarem assistência. (...) Essas figuras podem cruzar
facilmente as fronteiras que separam os Mentores dos Pícaros, às vezes ajudando
o herói e atuando como sua consciência, às vezes comicamente se metendo em
trapalhadas ou causando encrenca.”
A verdade é
que a lendária relação entre o homem e o cão, que aqui e na ficção se encaixa
na relação entre o protagonista e seu fiel-escudeiro, é historicamente uma
parceria pronta para a construção de qualquer história. Um protagonista sem um
aliado, bem como um homem sem seu cão, é como um clássico pirata sem um
papagaio. Afinal, continuando o raciocínio do início, o que dizer de Chuck (sim, o protagonista de “O Náufrago”) sem Wilson, a bola?