Bernardo Ajzenberg, Vencedor do 56Âș concurso literĂĄrio 'Casa de las AmĂ©ricas' fala sobre Cliffhangers



Vencedor do  56Âș concurso literĂĄrio 'Casa de las AmĂ©ricas' em 2015, com seu livro mais recente, Minha vida sem banho (2014).  Bernardo Ajzenberg Ă© um dos maiores ficionistas da literatura brasileira na atualidade.  Ă‰ autor de VariaçÔes Goldman (1998), A gaiola de Faraday (2002, prĂȘmio de Ficção do Ano da Academia Brasileira de Letras), Homens com mulheres (2005, finalista do prĂȘmio Jabuti) e Olhos secos (2009), entre outros livros.

NĂŁo tem como começar melhor a nossa sĂ©rie de entrevistas sobre como autores brasileiros usam os clufhangers,  um artifĂ­cio de roteiro que iniciei a discussĂŁo semana passada, neste link. Vamos descobrir o seu ponto de vista sobre o assunto, acompanhem.

Como vocĂȘ utiliza um Cliffhanger? 

Procuro fazer um uso moderado e sutil desse recurso, espalhando pĂ­lulas de suspense ao longo de toda a narrativa. O importante Ă© que, ao final, todas elas tenham sido amarradas, mesmo que nĂŁo necessariamente solucionadas.


O que diferencia um bom cliffhanger de uma tentativa fraca de criar um gancho na narrativa?

Acredito que o mais importante é evitar a sensação de artificialidade ou de forçação de barra, como se diz. Seu uso deve soar natural, quase que obrigatório pelo fluxo da narrativa. Do contrårio, corre o risco de soar como um "pega-leitor" barato, como acontece na maior parte dos romances ruins ou das novelas de TV de estilo mexicano.

Fiquem ligados que ainda esta semana um novo nome vai aparecer aqui na nossa sĂ©rie Cliffhanger.  Para quem quiser aprender sobre estes e outros artifĂ­cios de um bom storyteller, nĂŁo percam o curso com Fernando Palacios no Rio de Janeiro!   






ComentĂĄrios

Postar um comentĂĄrio