JOGOS VORAZES NA VIDA REAL



Sempre falamos da influência do Storytelling no consumo, mas hoje vamos ver um outro ângulo desse impacto.

As grandes histórias, aquelas que entram para o tecido cultural da sociedade, possuem um poder incomparável: gerar um código próprio de comunicação. As pessoas se apropriam do universo simbólico e passam a usá-lo. Um anúncio demonstra o processo de forma genial.


Às vezes isso pode significar mais vendas de um produto, mas em alguns casos específicos o uso é muito mais revolucionário. Um dos casos mais emblemáticos é o V de Vingança.


Alguém desavisado pode até achar que ele está sorrindo. 

O caso mais recente está ligado à saga Jogos Vorazes. O que começou como uma história distópica quase boba, acabou tomando proporções grandiosas. O primeiro efeito foi inaugurar uma nova era de distopias como Divergente e Maze Runner.

A história de Jogos Vorazes é a seguinte: depois de um apocalise nuclear, o mundo viveu um caos até que um grupo conseguisse se organizar em uma nação chamada Panem. Com pouco pão para os pobres e muito circo para a elite, houve uma rebelião. O símbolo dos rebeldes é aquele da foto no começo do texto: o braço erguido com três dedos unidos. A rebelião foi abafada e como medida disciplinar, os estados rebeldes devem entregar dois jovens anualmente. Eles são chamados de tributos, porque é como se fossem lançados ao vulcão: serão colocados em um coliseu moderno onde duas dúzias de jovens irão lutar até a morte. O sucesso de vendas foi espantoso.

Parte do fenômeno editorial pode ser explicado por aquilo que alguns autores chamam de "conjuntuta" e outros mais poéticos colocam como "espírito da época".

Apesar de se passar em um futuro distante, Jogos Vorazes conversa perfeitamente com o contexto social em que vivemos. Panem é composto por uma rica capital cercada por doze distritos pobres. É só visualizar Brasília e suas cidades-satélites. Por essas e por outras, é fácil de traçar o paralelo com a realidade.

Não é por acaso que os manifestantes na Tailândia estão usando o mesmo gesto contra o regime militar que recentemente derrubou o rei.



Nada mais providencial do que esse movimento justamente agora, que o terceiro filme da saga chega aos cinemas. A tela inspira a revolução e os gestos divulgam o filme como se fosse uma invejável ação de marketing de guerrilha.

Não é por menos que a primeira coisa que os ditadores fazem é aplicar a marca registrada das épocas de trevas: queimar os livros. Mas nem as grandes fogueiras dos soldados de Hitler ou dos bombeiros de Fahrenheit 451 são capazes de acabar com as histórias.


como ensina o mascarado de V de Vingança, as ideias e as histórias são à prova de balas. 


Esse post tem muitas influências de Mauro Palacios, CEO da Twist. 

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