Marqueteiros e histórias – fomento

https://www.storytellers.com.br/2008/08/marqueteiros-e-histrias-fomento.html
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Se os norte-americanos já tiveram uma coisa difícil de se ver por aqui essa coisa é o fato de terem sido governados por bons presidentes. Roosevelt era um cara que sabia das coisas. Do alto de seu pragmatismo, ele ensinou uma das mais valiosas lições corporativas: "onde chegam nossos filmes, chegam nossos produtos". Gênio.
Os filmes contam histórias e, assim como seus primos contadores de histórias - novelas, peças de teatro, seriado, etc. - não representam apenas uma das formas mais ancestrais de comunicar mensagens e idéias, mas também uma das principais formas de entretenimento. Em suma, todos nós gostamos.
Só que nos dias de hoje pra existir tudo isso que a gente gosta - seja filme, seja outra forma de história - tem que ter alguém que financia: as empresas, por meio de anúncios, patrocínios ou doações. No linguajar popular, elas “são as donas da bola”.
E nesse contexto os marqueteiros são os responsáveis por decidir o que fazer com ela. Quais jogos serão jogados, quais serão postos de lado. Mas nem tudo são flores, pois como diz o tio do Homem Aranha, “com o poder, vêm grandes responsabilidades”. E é mesmo, afinal, sem bola de cristal é difícil de saber qual é a melhor decisão tomar em meio a tantas opções. A oportunidade normalmente aparece para todos, mas muitas vezes ela vem disfarçada e por isso acaba sendo tão fácil deixar escapar por entre os dedos. A Regra de Ouro da Oportunidade é que agarrá-la é tão difícil quanto pegar a bola dourada numa partida de quadribol: é preciso estar atendo ao redor, sempre procurando, e quando ela estiver ao alcance, jogar-se sem medo para pegá-la... Justo, afinal ela sozinha tem o poder de vencer qualquer jogo; ela vale o risco, a aposta.

Para ilustrar essa dificuldade, vou me valer da saga da publicação do Harry Potter: uma verdadeira mina de ouro que só precisava da aprovação de um editor para que todos no processo – ele inclusive – ficassem milionários. Certo? Certo. Mas não é que ele foi recusado 27 vezes, por 27 editores diferentes? Durante um ano inteiro, nenhum fez a única coisa que deveria ter feito: apostar; ou, pelo menos, dar na mão de 3 crianças e pedir a opinião delas ao invés de “achar que era um livro muito longo para crianças”.
Qual o caminho seguro? Quando se trata de histórias, as empresas gostam de “pegar carona” nas histórias dos outros. É o “product placement”, também chamado de “merchandising”. Mas aí quase sempre fica aquela coisa estranha do branquelo chegando na praia no meio das férias de verão. Mas há outras formas, como o The Hire da BMW, o Náufrago da FedEx, Família Soprano e Prozac, a Sony com Cloverfield, o McDonalds no Pulp Fiction, a Gap em vários episódios de Seinfeld... São todos ótimos exemplos de ficções de marcas, ou seja, de histórias que transformam as mensagens das empresas em parte importante da trama. O assunto está dando o que falar no Orkut, acompanhe e participe aqui.
Se os norte-americanos já tiveram uma coisa difícil de se ver por aqui essa coisa é o fato de terem sido governados por bons presidentes. Roosevelt era um cara que sabia das coisas. Do alto de seu pragmatismo, ele ensinou uma das mais valiosas lições corporativas: "onde chegam nossos filmes, chegam nossos produtos". Gênio.
Os filmes contam histórias e, assim como seus primos contadores de histórias - novelas, peças de teatro, seriado, etc. - não representam apenas uma das formas mais ancestrais de comunicar mensagens e idéias, mas também uma das principais formas de entretenimento. Em suma, todos nós gostamos.
Só que nos dias de hoje pra existir tudo isso que a gente gosta - seja filme, seja outra forma de história - tem que ter alguém que financia: as empresas, por meio de anúncios, patrocínios ou doações. No linguajar popular, elas “são as donas da bola”.


Para ilustrar essa dificuldade, vou me valer da saga da publicação do Harry Potter: uma verdadeira mina de ouro que só precisava da aprovação de um editor para que todos no processo – ele inclusive – ficassem milionários. Certo? Certo. Mas não é que ele foi recusado 27 vezes, por 27 editores diferentes? Durante um ano inteiro, nenhum fez a única coisa que deveria ter feito: apostar; ou, pelo menos, dar na mão de 3 crianças e pedir a opinião delas ao invés de “achar que era um livro muito longo para crianças”.
Qual o caminho seguro? Quando se trata de histórias, as empresas gostam de “pegar carona” nas histórias dos outros. É o “product placement”, também chamado de “merchandising”. Mas aí quase sempre fica aquela coisa estranha do branquelo chegando na praia no meio das férias de verão. Mas há outras formas, como o The Hire da BMW, o Náufrago da FedEx, Família Soprano e Prozac, a Sony com Cloverfield, o McDonalds no Pulp Fiction, a Gap em vários episódios de Seinfeld... São todos ótimos exemplos de ficções de marcas, ou seja, de histórias que transformam as mensagens das empresas em parte importante da trama. O assunto está dando o que falar no Orkut, acompanhe e participe aqui.
Estou adorando a sequência dos "posts"...Fantástico!!!
ResponderExcluirQuero ver logo o de amanhã! Até!
Gi! Agora são 6 da matina e ainda estou escrevendo o próximo... Esse tá mais complicado porque é mais pessoal. Mas vai sair, há de sair; e que legal você por aqui! Venha sempre.
ResponderExcluirSalut!
ma chê!
ResponderExcluira metáfora do branquelo na praia ficou perfeita ;)