Pano de Fundo

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Cloverfield é um filme do J.J. Abrams que estreou no começo desse ano e, a essa altura do campeonato, já deve ter chegado na locadora mais próxima da sua casa. Não deixe de assistir.

Desde antes do lançamento Cloverfield virou hype entre cinéfilos e internautas por causa do mistério (leia o último post) criado em torno do monstro que um belo dia aparece em Nova York e destrói tudo.

Esse basicamente é o plot da história, mas, ao contrário do que se costuma fazer nesse tipo de filme, onde o monstro é explorado à exaustão, em Cloverfield ele é paisagem.

De onde veio? Qual o sentido de sua existência? Para onde vai? Para o recorte escolhido por J.J. Abrams para contar essa história nada disso tem importância, e é exatamente isso que faz de Cloverfield um dos melhores filmes de monstro de todos os tempos. Na verdade, é um filme sobre pessoas.

Se um tipo de Godzilla aparecesse de repente na sua cidade, o que você sentiria? O que pensaria? Como agiria? Nessa situação estaria mais interessado em descobrir a origem do caos, ou resolver questões afetivas antes que todos desapareçam? Cloverfield parte dessa premissa, de modo que é um filme sobre sensações e sentimentos humanos, e não sobre um monstro.

O monstro faz parte do enredo, mas quase não aparece. É apenas um gatilho para despertar outras histórias humanas, essas sim capazes de gerar identificação com o espectador. Uma lição que a publicidade deveria levar a sério.

O monstro são os anunciantes. ;-)

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