STORYTELLING NA CASA BRANCA

https://www.storytellers.com.br/2014/03/storytelling-na-casa-branca.html
Qual é o prazer que todo
publicitário conserva em assistir Mad Men? Por que químicos (Ou traficantes? Ou
professores?) podem se interessar mais pela história de Breaking Bad? A verdade é
que, se as histórias nos comovem, de modo geral, por contarem a nós um pouco
mais sobre nós mesmos, exemplos como esses se encaixam nisso de forma literal.
O que dizer, então, do fanatismo de Barack Obama por House
of Cards? Sim, a série de Francis e Claire Underwood, que retrata os dramas e
jogadas políticas da capital americana Washington, dentre várias, está entre as
preferidas do presidente dos Estados Unidos da América. E ele não pretende
esconder isso de ninguém.
Para quem acompanha a série, até que ponto isso pode
comprometer o presidente americano? Ele não parece estar preocupado com isso e, pelo contrário, já revelou a sua admiração pelo personagem de Kevin Spacey.
“Esse cara está
conseguindo fazer muita coisa. Eu gostaria que as coisas fossem implacavelmente
eficientes desse jeito”, afirmou Obama sobre seu companheiro de profissão Frank.
Indo ainda mais longe nessa relação Obama e House of Cards, em uma recente
reunião, em dezembro, na Casa Branca, o CEO do Netflix, Reed Hastings teria
convidado Obama para uma participação especial na próxima temporada da série. Quantos favores Frank
Underwood conseguiria negociar com Barack Obama?
Nesse passeio entre realidade e ficção, Casa Branca e
Netflix, histórias nos fazem rever dogmas, repensar conceitos, e quando menos
notamos, o homem mais poderoso do mundo também está entre nós, e é fã declarado
de um personagem que, no fundo, é um político assassino e inescrupuloso.
Para concluir, não precisamos nem ir muito longe, cruzar as
Américas, para ter exemplos como esse. As melhores histórias mesmo são aquelas
que derrubam fronteiras e diferentes culturas, e se encaixam em todas as
sociedades. Você já viu a Revista Istoé da semana passada?