DAVID BOWIE, UM STORYTELLER

https://www.storytellers.com.br/2014/04/david-bowie-um-storyteller.html
“Janeiro de 1969: os jornais publicam as primeiras fotografias
coloridas da Terra vista do espaço. Bowie escreve: “O Planeta Terra é azul/ E
não há nada que eu possa fazer”, uma música nova sobre um astronauta sozinho no
espaço. Ele a batiza de “Space Oddity” – um trocadilho com o título do filme de
1968 de Stanley Kubrick, 2001: A Space Odissey. O single é lançado em julho,
pouco antes do lançamento da missão Apollo 11 à lua. No dia 20 de julho, a BBC
toca a música com as imagens do pouso na lua: “Controle de terra para Major
Tom/ Seu circuito apagou/ Há algo errado”.”
David Robert Jones, ou David
Bowie, ou também conhecido como “O camaleão do Rock” é, sem dúvida, um dos
maiores nomes da música mundial – e espacial. Bem como outras lendas da música,
seja internacional como Bob Dylan (Like a Rolling Stone, Hurricane) e Beatles
(Yellow Submarine, Michelle, Eleanor Rigby); ou nacional como Legião Urbana
(Faroeste Caboclo, Eduardo & Mônica), Chico Buarque (Geni e o Zepelim,
Valsinha, Construção, Cotidiano, João e Maria), Titãs (Marvin) e Paralamas do
Sucesso (Vital e sua moto) – Bowie se consagrou também pela sua capacidade de
criar ótimos personagens e contar grandes histórias.
“Major Tom é um personagem complexo – um astronauta heróico, mas também
um homem comum, vulnerável e alienado. Ele vai aparecer novamente em “Ashes to
Ashes” (1980) e na versão single de “Hallo Spaceboy” (1996).”
Mais do que isso, David Bowie,
assim como os outros gigantes da música, percebeu o poder de uma história para
conquistar multidões, gerar identificação, criticar e ser idolatrado até pelos
alvos de suas críticas. Além do decadente “Major Tom”, primeiro astronauta a
ver a Terra do espaço e que, tempos depois, acabou sem dinheiro e viciado em drogas,
Ziggy Stardust talvez tenha sido o maior dos personagens de Bowie.
Ziggy, um alienígena que caiu
na Terra e perdeu tudo – menos seu legado, era para ser uma “criação teatral”,
segundo David, mas que acabou sendo levado a sério e que, por muito tempo, não
se soube diferenciar o que era Ziggy de quem era Bowie.
Entre perfeitos retratos de uma
sociedade em busca da “evolução”, com Major Tom, e de profundos alter egos como
Ziggy Stardust, Bowie não só nos encantou (e ainda encanta) com sua música,
como nos ensinou um pouco sobre bons personagens. Mais do que isso, só mesmo
conferindo ao vivo, na exposição que leva o nome do músico e que está no MIS de
São Paulo até o dia 20.
Muito bom! Recomendo!
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