A JORNADA DO INOCENTE

https://www.storytellers.com.br/2014/03/a-jornada-do-inocente.html
Dentro de algumas horas mais uma premiação do Oscar acontece no antigo Kodak Theatre, em Hollywood. Quem gosta de cinema e gosta de pôr suas opiniões à prova, sabe que em 2014 o páreo não está fácil. Nos momentos mais esperados da noite, na hora do famoso “and the Oscar goes to”, nomes como Christian Bale, Leonardo di Caprio, Sandra Bullock e Meryl Streep estarão disputando pelos principais prêmios da noite. Em meio à tamanha lista de peso, surge uma questão:
Há espaço para inocentes na premiação do
Oscar?
Voltando no tempo entre as premiações da Academia,
estamos no ano de 1995. Em meio a grandes indicações para melhor filme, como
Pulp Fiction e Um Sonho de Liberdade, nomes de renome para melhor diretor, como
Woody Allen e Quentin Tarantino, e monstros da atuação para melhor ator, como
Morgan Freeman, Paul Newman e John Travolta; era outro o nome que se destacaria
ao fim da noite.
Tom Hanks como Forrest Gump, no filme que leva o mesmo
nome, é o perfeito arquétipo do inocente. Marcado pela pureza e por um otimismo
quase que utópico, o inocente conquista (ao menos para o autor que vos fala)
pela forma simples com que vê o mundo ao seu redor. Numa analogia a tão
compartilhada Jornada do Herói de Campbell, podemos dizer que em filmes como “Forrest
Gump” temos a verdadeira Jornada do Inocente.
Quase 20 anos depois de “Forrest Gump”, entre – mais uma
vez – grandes nomes no páreo como Meryl Streep e Cate Blanchett para melhor
atriz, Christian Bale e Di Caprio para melhor ator, Steve McQueen e Scorcese
para diretor e superproduções como Gravidade para melhor filme; mais uma vez 2
personagens inocentes merecem atenção na premiação.
Judi Dench como Philomena no filme de mesmo nome e Bruce
Dern como Woody Grant em “Nebraska” são dois ótimos representantes do arquétipo
do inocente, bem como seus filmes retratam o que seria a verdadeira jornada de
um personagem inocente. Com conceitos bastante semelhantes, ambos retratam
idosos que decidem, ao fim da vida, ir atrás do que, de uma forma ou de outra,
sempre sonharam em ter.
Ainda que “Nebraska” e “Philomena” possam não levar uma
estatueta sequer na noite de hoje, e esse texto só sirva como prova dos palpites
do autor que vos escreve: “Que belo inocente, esse Pedro! Apostando nos mais
improváveis!”; a resposta para a pergunta do começo do texto, “há espaço para inocentes na premiação do
Oscar?”, estará respondida com a mesma certeza desde 1995: Sim!
concordo! adorei o post Kastelic!
ResponderExcluirpost bacana sobre o Oscar hoje
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