STORYTELLING NA ABERTURA DOS JOGOS OLÍMPICOS?

https://www.storytellers.com.br/2012/08/storytelling-na-abertura-dos-jogos.html
![]() |
Os Jogos Olímpicos são um espetáculo: superação, derrota,
vitória e patriotismo caminham juntos. Um milésimo de segundo pode determinar o
sucesso ou o fracasso de um atleta que se preparou arduamente nos últimos
quatro anos. Um dos momentos mais mágicos dos jogos é a abertura. Um misto de
cores, luzes e performances anunciam dias de torcida para centenas de nações.
Neste ano, havia um componente mágico na abertura que ia muito além das
coreografias. Em Londres falou-se de histórias, por alguém que entende muito bem
do assunto: Danny Boyle foi o diretor artístico da cerimônia de abertura. Ele é
conhecido pela direção de filmes como Trainspotting,
Por uma Vida Menos Ordinária, 127 horas e Quem Quer ser Milionário?, este último vencedor de oito Oscars.
O tema da cerimônia era “This is for everyone”. Assim como
os jogos olímpicos, as histórias são para todos. E Boyle aproveitou o poder das
histórias para contar o legado e os valores do povo inglês. A proposta era
mostrar o que os britânicos ofereceram ao mundo, nos esportes, na sociedade,
nas artes... Passaram pelo estádio olímpico personagens memoráveis como o
agente secreto James Bond, que “contracenou” com a rainha Elisabeth. Para
alguns soou exagerado, para outros funcionou. Ele não criou personagens,
valeu-se dos que fizeram a história da Inglaterra, em uma combinação que
agradou à maioria.
Um dos maiores orgulhos britânicos, o National Health
Service, que seria como o nosso SUS, foi retratado por crianças e enfermeiras. Os
vilões criados na terra da rainha como Malvina Cruela, dos 101 Dálmatas,
Capitão Hook, de Peter Pan e Voldemort de Harry Potter perturbaram o sono das
crianças e nem as mais destemidas enfermeiras foram capazes de espantar os
malfeitores. Até que Mary Poppins chegou e colocou ordem na casa. Foi construído
um mundo de fantasia ao vivo, diante dos olhos.
JK Rowling, em uma de suas raras aparições públicas esteve
presente, mais uma vez para mostrar o poder das histórias. Afinal, não é
qualquer um que consegue vender mais de 450 milhões de exemplares e ter sua
saga traduzida em mais de 70 idiomas. Ela leu um trecho da obra Peter Pan, do
autor britânico J.M. Barrie. Aliás, no âmbito das
artes há de se concordar que os ingleses deixaram um bom legado ao mundo: The
Beatles, Queen e David Bowie e suas canções imortais, JK Rowling com sua saga Harry Potter e por que não Danny Boyle e seus filmes?
Embora a cerimônia não tenha sido construída em cima da
estrutura da narrativa -- estava mais para histórico do que para história -- ainda
assim havia elementos de uma história sob a batuta de Boyle. Foi isso que
transformou a cerimônia de um amontoado de coreografias em um evento
memorável.
Isso me fez
pensar no papel do Brasil nos eventos esportivos que estão por vir. Que
narrativa iremos construir? Estamos preparados para mostrar nosso legado de uma
forma tão criativa como fez a Inglaterra?
Olá Renata,
ResponderExcluirTambém tenho algumas dúvidas do que poderá acontecer em nossa abertura, mas existe luz no fim do tunel afinal Cao Hamburger (O ano que meus pais sairam de férias, Xingu, entre outro) é o responsável pela apresentação do Brasil na cerimônia de encerramento em Londre.
Vamos acreditar, porque temos pessoas muito boas no Brasil, basta convidar as pessoas certas ....
Abs
Cristiane