STORYTELLING NA EDUCAÇÃO

https://www.storytellers.com.br/2015/04/storytelling-na-educacao.html
Esse post foi originalmente postado no Portal Callcenter.
Na educação de
forma mais ampla, a prática de contar histórias é uma das mais antigas.
Desde as épocas em que a humanidade vivia em cavernas, os caçadores
ensinavam as técnicas de caça para as novas gerações ao redor das
fogueiras. "As cavernas modernas são as empresas, e elas também estão
percebendo que contar histórias é vantajoso para treinar e motivar",
afirma Fernando Palacios, diretor e sócio-fundador Storytellers Brand
´N´ Fiction. Ele explica que uma história é como uma esponja, capaz de
absorver qualquer tipo de conhecimento. "Nos dias de hoje já sabemos que
se aprende muito mais sobre negócios assistindo a seriados como House
of Cards, Game of Thrones ou Breaking Bad do que recorrendo a livros
técnicos." Em entrevista exclusiva ao portal Callcenter.inf.br, Palacios
fala sobre as vantagens de usar o Storytelling, como colocar em prática
e os desafios.
Qual o principal diferencial dos Storytellers?
As
histórias são contadas por meio de enredos, palavra que remete a rede.
As narrativas são assuntos distintos que se entrelaçam formando uma
série de tramas. Então, ao invés de lidar com um assunto por vez, um
enredo consegue lidar com uma série de temáticas simultaneamente. Quando
refletimos sobre o Aladdin da Disney, podemos concluir que é uma
história da força do amor, mas também de disputa de classes, e também do
valor da amizade, sem deixar de ser uma discussão entre o que é certo e
errado na sociedade... e assim por diante. A audiência pode não se dar
conta, mas ela está diante de todos esses temas. Com isso é possível
treinar e motivar ao mesmo tempo, por exemplo. Ou instruir e vender.
Como as empresas podem utilizar o Storytelling para treinar os colaboradores?
Dando
exemplos para contextualizar a informação que está sendo ensinada.
Quando uma professora primária diz que 2+2=4, ela pode acabar
complicando a vida da criança, já que abstrair tende a ser mais difícil
do que visualizar. Então, para facilitar, ela diz que Pedrinho tinha 2
maçãs e ganhou duas e assim ficou com 4 maçãs. OK, já facilitou. Pelo
menos agora está menos abstrato. Isso não deixa de ser um princípio de
storytelling. O problema é que a criança não sabe quem é Pedrinho e qual
a vantagem de duas maçãs a mais na vida dele. Agora, se a história for
da Magali que já tem 2 maçãs e só precisa de mais duas para matar a
fome, então fica mais fácil de acompanhar e até torcer. E a partir do
momento que o aluno está na torcida, ela presta muito mais atenção aos
detalhes, já que qualquer coisa pode fazer a diferença para o sucesso.
Ou seja, na educação, as histórias podem ser utilizadas como um contexto
mais interessante para transmitir a informação.
E para motivar?
Existe
um detalhe fundamental: a história não é sobre o assunto que está sendo
ensinado. No exemplo anterior, a história não é sobre as maçãs, mas
sobre a Magali. As maçãs não passam de um pano de fundo para que os
alunos acompanhem a Magali em mais uma aventura. Poderia ser o Cebolinha
juntando quatro gravetos para preparar um plano infalível. Isso gera
uma humanização na comunicação e facilita com que as pessoas possam
criar uma identificação com o que está acontecendo. Dessa empatia surge a
motivação.
Quais os principais desafios para sua adoção?
Não
é possível "substituir" o processo formal por storytelling. Esse
contexto é algo que deve ser feito "a mais". Depois de fazer todo o
conteúdo é que é possível revestir com uma história. Isso implica num
investimento maior de tempo e energia. O desafio é saber selecionar
quais mensagens são mais importantes e realmente merecem ser
transformados em história.
Como esse uso do Storytelling pode auxiliar as empresas de call center?
Tanto
no treinamento, como na própria abordagem. Boas histórias podem ajudar
tanto no call center reativo quanto no pró-ativo. Vamos pensar em um
call center que recebe reclamações de consumidores. Vamos supor que a
reclamação seja barulho sendo feito na rua durante a madrugada. Se além
de pedir desculpas pelo ocorrido o atendente souber contar a história
que está motivando o problema, as questões de segurança que estão sendo
trabalhadas, os cenários que estão sendo evitados e os motivos por que o
horário não pode ser transferido, o consumidor vai ficar mais
convencido de que o barulho é inevitável e que a empresa não é culpada
Para saber mais sobre as lições contidas nas histórias, leia esse post.